sábado, maio 20, 2006

Ruelas e Festas

Olhas-me de soslaio, ou então tentas somente observar a silhueta que longe te espera, tão longe que a chuva intersecta a visão e a percepção das formas se torna infiel; e um passo em falso e um objectivo e uma desilusão e um pé calçado e um pé descalço e uma mão que aperta outra e um espirito que segura um outro e um céu enublado e um céu limpido; água lunar ao banhar outrora corpos imaculados faz-nos surgir agora nesta situação, movimento espontâneo, hipnótico [hipnótico[hipnótico[hipnótico[hipnótico[...]]]]]; a propósito, esqueceste-te de novo do teu espirito aqui, da próxima vez deixa o corpo também; mais uma vez, o ar torna-se pesado, num tom avermelhado e de odor parecido com uma mistura de enxofre e ranço, definitivamente esse vulto jamais caminhará por entre as gentes, por entre ruelas, caminhos que protagonizavam um futuro próspero, inumeras festas se deram por lá, ó se deram... 'com uma mão cheia de nada... apenas com o coração nas mãos' ... e passas por nós como se nada fosse, corres de novo, continuas, continuas, continuas, de mãos bem fechadas contra o peito apertam um objecto incognito, continuas, continuas, queres parar então páras, de joelhos depositas uma caixa no asfalto, em posição desconfortável apoias o corpo fazendo com que a mão se funda com o alcatrão, de seguida o resto do braço acompanha o processo, pensas fazer parte de uma massa pesada, mas, acordas num lugar um quanto ou tanto familiar, estás no teu refugio, a caixa no canto do cubiculo e tu de corpo encostado ao tecto deixas-te ficar assim,
imóvel

in The Psycho revenge Group, 26 Novembro 2005

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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02 julho, 2006 01:30  
Anonymous Anónimo said...

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18 julho, 2006 06:47  
Anonymous Anónimo said...

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20 julho, 2006 10:31  

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