nenhures
de cinza, de cinza tingiam-se as cadeiras, eu, afundava-me numa delas, recompunha-me, afundava-me, farta, levantei-me, dei três passos em frente, afundei-me na terra, com as mãos de fora, com as mãos de fora alguém brinca com elas, faz-me sentir melhor, a terra em redor inunda-se de um céu magenta cor de mar, espera! espero, espero que seja mesmo assim... espera! esperamos que fique para sempre assim, e não há tempo a perder. Seres sem vísceras chamam por mim, gritam por auxílio, gritam num desespero dormente que acode a mente de quem já cá não anda, anda, anda, vamos! vou prai, por entre frechas e pequenos espaços por onde possa passar, passo, passo a passo, corro, sigo e vingo, vou, voo, caio, resisto, desisto, levanto-me... puxam-me pelas mãos e saio, sento-me e fico.